Separar é mais caro e demorado do que casar em SP

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Separar é mais caro e demorado do que casar. Quando o assunto são os papéis, a separação não sai por menos de R$ 1.439,49 em São Paulo. Em contrapartida, com R$ 258,20 é possível oficializar a união em cartório. O tempo que leva para separar também é maior. Na hora de juntar os trapos, a papelada fica pronta para assinar depois de 16 dias da solicitação. Já na separação, o prazo varia de acordo com o que está sendo discutido.

– Já vi casos em que a briga tem mais de nove anos – conta a advogada especializada em direito de família, Renata Di Pierro.

A recém-separada Suelen Alonso Portela, de 24 anos, destaca outras diferenças.

– Quando você vai casar todos são supersolícitos, é tudo gostoso de fazer, até porque é um momento feliz. Quando a situação muda, você tem dificuldades e a boa vontade de quem te atende também desaparece – conta a executiva que assinou os papéis há duas semanas.

No caso em que a separação é conflituosa, a situação é ainda mais difícil.

– Cada discussão gera um novo processo com custos judiciais e honorários de advogado. A falta de acordo vai de quem fica com a guarda dos filhos a quando serão as visitas. Em cada caso, há um processo diferente – explica Renata.

Algumas mudanças na lei, no entanto, têm facilitado o trâmite.

– Desde janeiro de 2007 é possível separar em cartório, mas desde que não haja filhos menores de idade e o casal concorde com a partilha – explica Rodrigo Dinamarco, diretor de registro civil do Sindicato dos Notários e Registradores de São Paulo (Sinoreg-SP).

Mas tanto na separação em cartório quanto na Justiça é obrigatório ter um advogado. O mínimo que o profissional cobra é 6% sobre o valor real dos bens recebidos pelo cliente. Ou seja, em uma divisão em que o valor recebido é de R$ 100 mil, o advogado cobra R$ 6 mil. Conforme o caso complica, são cobradas taxas extras. E, depois de um ano separados, vêm mais gastos.

– A conversão de separação em divórcio também tem custos judiciais e de advogados – alerta Dinamarco.

Fonte: Extra